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O jornal Serra d’Ossa datado de 1 de abril de 1928 relata a preparação e o momento solene da Procissão dos Passos. Tomou parte da procissão a Irmandade da Misericórdia e a filarmónica “Almeida Barrancos”, sendo o “Miserere” cantado nos vários “Passos” por elementos da filarmónica. Integraram a procissão 45 crianças vestidas de anjos e muita gente acompanhou o percurso, inclusive pessoas de outras localidades próximas.
Outra notícia deste jornal sobre o mesmo assunto é a agenda das cerimónias a realizar na semana santa (Hoje (Quarta-feira) – Bênção dos Ramos; Quinta-feira Santa- Missa, Lava-pés, Procissão das Bandeiras; Sexta-feira Santa- cerimónias de manhã, procissão da Virgem da igreja do Calvário para a Matriz, procissão do Enterro; Sábado de Aleluia- Bênçãos do fogo e pia batismal, missa e Domingo de Páscoa- missa e regresso da imagem da Virgem para a igreja do Calvário).
Há 96 anos foi assim.
Consulta deste jornal e outros na página do Arquivo Municipal em https://arquivomunicipal.cm-redondo.pt/index.php/hemeroteca
Cota- PT/AMR/SO/088
Os fortes ventos que assolaram o território português no dia 15 de fevereiro de 1941 poderão ser considerados os mais violentos desde que há recolha de registos meteorológicos causando um elevado número de vítimas e avultados danos materiais.
A 27 de fevereiro foi feito inquérito sobre os prejuízos causados pelo ciclone no concelho de Redondo. Por exemplo, na Herdade da Margalha em Santa Susana foram arrancadas 806 azinheiras.
Ficou um cenário devastador num total de 77.398 árvores derrubadas (oliveiras, sobreiros, azinheiras, pinheiros e árvores de fruto).
Muitas casas e telhados foram levados pelo vento nesse dia, “o único barracão onde se realizavam espetáculos cinematográficos foi completamente destruído pelo ciclone”.
PT/CMRDD/B/A/001/Lv064
A epidemia das “bexigas” como era designada na linguagem popular a varíola, ocorreu no período de 1872-1874.
O concelho de Redondo também foi assolado por esta epidemia, eminentemente contagiosa e mortal. A “moléstia” das bexigas apareceu principalmente nos menores, devido à falta de condições higiénicas e à falta de vacinação por medo e/ou ignorância. Na imagem podemos observar o mapa das pessoas que foram vacinadas, durante os meses de abril e maio, em Montoito. Não foram mais vacinadas porque “parte das crianças estarem incomodadas com febre e mesmo porque as mães receavam que a vacina fosse causa das bexigas aparecessem mais depressa…”
Chegado o fim da epidemia o povo decidiu celebrar uma festividade em ação de graças a S. Sebastião (advogado contra a doença das bexigas). Há 150 anos, em janeiro de 1874…
Esta festa realizava-se nos subúrbios da vila, na Igreja de Santo António que se popularizou pelas fogaças em tabuleiros, levadas e apregoadas pelas ruas da vila.
PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx016
Os usos e costumes das comunidades rurais em território alentejano passava pelo processo em que se engordava o porco para consumo próprio.
Este costume que se repetia todos os anos era, para muitos, a subsistência dos meses seguintes.
As classes trabalhadoras viviam num regime alimentar pouco variado devido à escassez de alimentos e aos preços. A carne era um “luxo”, raramente entrava nas refeições e, ainda assim, limitada à de porco ou alguma criação.
O documento apresentado “Nota das matanças efetuadas em Dezembro até ao Natal” em Redondo demonstra a necessidade e a importância desta tradição. Segundo a informação do veterinário municipal foram abatidos 100 suínos durante o mês de dezembro até ao dia de Natal.
Os produtos provenientes da matança (carne, banha, enchidos, toucinho, …) compunham a mesa juntamente com o pão, essencial da alimentação alentejana.
Atualmente a matança tradicional do porco assume um carácter cultural porque caiu em desuso mas tempos houve que era um dia de festa familiar e uma questão económica e social.
PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx006
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) iniciou a sua atividade a 11 de fevereiro de 1865 sob a designação “Comissão Provisória para Socorros a Feridos Doentes em Tempo de Guerra” e em 1887 sob a designação oficial “Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha”.
O Núcleo da CVP em Redondo é criado em 1981, segundo a Ordem de Serviço 28-81 de 24 de julho, por 83 sócios, um setor da Juventude e Coordenadora do Corpo Social. A 7 de agosto de 2007 passou a Delegação pelo Decreto-Lei n.º 281.
Agradecimento a Isidoro Almeida pela entrega destes e mais documentos sobre o socorrismo na vila de Redondo, que podem ser consultados no Arquivo Municipal.
PT/AMR/IA/Cx001
O foral outorgado por D. Manuel I à vila de Redondo é um documento em pergaminho (pele de animal), encadernado com uma capa de madeira forrada a couro. Datado de 20 de outubro de 1517.
A agricultura era a principal atividade dos redondenses.
A telha e tijolo (Folha III v.º), o vinho (Folha X v.º), a lã, linho, seda por fiar, estopa, mantas (Folha XI) e o azeite, cera e semelhantes (Folha XIII) faziam parte do quotidiano da vida redondense.
Estas atividades foram a base das grandes indústrias de Redondo. No Séc. XIX, a maior parte da população trabalhava na indústria dos panos e a outra parte dedicava-se às dezenas de colmeias dispersas pela Serra d’Ossa e outras herdades do concelho.
A olaria, o vinho e o azeite perduram até ao tempo presente.
O foral manteve-se em vigor até 1832.
Pode consultar em https://arquivomunicipal.cm-redondo.pt/index.php/image-4 e a respetiva transcrição em https://arquivomunicipal.cm-redondo.pt/index.php/image-3 (encontra-se disponível para consulta na sala de leitura do Arquivo Municipal de Redondo).
PT/CMRDD/A/001/002
Transcrição paleográfica segundo as normas de transcrição propostas pela Comissão Internacional de Paleografia e Diplomática
A Primeira Guerra Mundial provocou instabilidade política e social e deu início a uma crise financeira.
As cédulas, papel – moeda surgiram neste período conturbado da economia portuguesa, período de grande inflação que levou a que o dinheiro em metal se valorizasse e desaparecesse, porque as pessoas o guardavam. Então para moeda de troca, o Governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir moedas. Daí a designação papel-moeda.
Contudo, para transações locais, as cédulas podiam ser emitidas pelas Câmaras Municipais ou outras entidades. Em Redondo foram emitidas cédulas de 1 e 2 centavos pela Câmara Municipal sob a presidência de José de Almeida Barrancos e, de 5 e 10 centavos pelo Hospital Civil de Redondo.
Foram retiradas de circulação através do Decreto n.º 9.718 de 23 de maio de 1924.
Agradecimento a Daniel Gomes pela oferta desta cédula ao Arquivo Municipal de Redondo.
A 30 de agosto comemora-se os 120 anos de abastecimento das águas da Serra d’Ossa à vila de Redondo.
O documento apresentado foi o principal impulsionador de tal efeméride: o testamento de D. Antónia Luciana Tocha Moraes que falece a 24 de dezembro de 1896.
“Deixo em legado ao Município deste concelho a quantia de seis contos de réis, que serão aplicados na aquisição, estudos, condução e encanamento d’água que se acham na herdade dos Mamões da Serra d’Ossa pertencentes à Sereníssima Casa de Bragança e que desaproveitada vai perder-se na ribeira de Ter; com a condição porém, de a Câmara Municipal d’ este concelho se habilitar com os respetivos fundos para a conclusão desta importante obra e de primeiro interesse para esta terra, a qual deverá começar-se dentro d’um ano a contar do dia do meu falecimento, devendo ainda com as obras das fontes, chafarizes e marcos fontenários, fazer-se na povoação ou junto d’ ella, uma lavanderia (…) mas se a referida câmara por qualquer circunstância na poder ou não quiser adquirir as águas nas condições expostas, quero então que esse capital reverta a favor de meus herdeiros”.
A dois dias da data limite, 22 de dezembro de 1897, dão-se início às obras que se concluem a 30 de agosto de 1903.
Cota- PT/CMRDD/JDCR/A/001
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