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Os produtos regionais são um dos capítulos preferidos dos visitantes da região, com atributos suficientes para satisfazer os mais exigentes. A oferta é deliciosa e diversificada, a escolha menos evidente.
Vinho de Redondo
Consumido e utilizado nas mais diversas circunstâncias da vida, desde a alimentação aos rituais religiosos, o vinho de Redondo é uma referência que dispensa grandes apresentações.
No nosso território, a cultura da vinha é anterior à ocupação romana mas foi com este povo que a vinha e a exploração agrícola em geral,conheceram um avanço técnicosignificativo. São evidentes as marcas
deixadas pelos romanos através de diversos utensílios ainda hoje utilizados, como é o caso dos “podões” e das “talhas”, recipientes usados nas adegas do Alentejo para a fermentação de mostos e conservação, transporte e armazenagem de vinho.
As características edafoclimáticas, os solos mediterrâneos e os saberes humanos favorecem, na região, a
produção de afamados vinhos que aromatizam o ambiente e aguçam os paladares da riquíssima gastronomia alentejana, com a qual mantém uma forte relação de cumplicidade.
De cor rubi ou grená, os tintos exibem aromas intensos a frutos vermelhos bem maduros, macios, ligeiramente adstringentes e que adquirem complexidade com a idade. As castas predominantes
são Periquita, Aragonez, Trincadeira, Moreto e Alfrocheiro. Os brancos são frescos e aromáticos e
campeiam as castas Fernão Pires, Rabo de Ovelha, Tamarez e Arinto.
O Azeite
O azeite esteve, desde sempre, enraizado nos hábitos alimentares do povo de Redondo, podendo dizer-se
que toda a alimentação da região era, até há bem pouco tempo, à base de azeite: o ensopado de borrego, as migas, a açorda, a sopa de beldroegas, todos os fritos e variados bolos e biscoitos.
Ainda hoje se verificam muitos destes usos tradicionais do azeite numa vila, de resto, ligada à fama da finura e excelência do seu azeite desde épocas que se perdem no tempo.
Condições edafoclimáticas muito particulares e solos de elevada aptidão produzem um ambiente natural e privilegiado para o desenvolvimento da oliveira cuja produção tem merecido altas distinções em diversos certames.
São azeites ligeiramente espessos, frutados, com cor amarelo ouro, por vezes ligeiramente esverdeados.
O Mel
O mel, produzido nas pastagens naturais das serras e planaltos alentejanos, é altamente apreciado e
reconhecido.
O mel produzido em Redondo é um mel de cor clara, variável desde o amarelo transparente até ao ambarino cuja tonalidade é característica da região e decorrente da respectiva composição polínica, isto é, da flora que serve de pasto às abelhas. A cristalização é fina e compacta. É produzido pela abelha Apis mellifera Ibérica.
Existem variantes: Mel de Rosmaninho; Mel de Soagem; Mel de Eucalipto; Mel de Laranjeira; Mel Multifloral.
O Pão
O pão é um alimento de grande consumo com repercussões conhecidas na saúde. No entanto, é raro
alguém lembrar-se que, este elemento essencial à nossa alimentação, tem raízes milenárias e acompanhou mesmo quase toda a evolução do ser humano. É um alimento que resulta da
cozedura de uma massa feita com farinha trigo, água e sal. É ainda com este pão milenar que, hoje, no dia-a-dia,continuamos a partilhar a nossa maneira de ser.
Em Redondo o pão de trigo continua a ser o assento do naco de toucinho e da lasca de queijo. Continua a ser utilizado no gaspacho, no ensopado, nas migas e na açorda. Continua a ser alentejano.
Queijos e Enchidos
Os nossos queijos são produzidos segundo técnicas tradicionais que incluem, designadamente, as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do produto. São protegidos por regulamentação que reconhece a Denominação de Origem Protegida (DOP) e a Indicação Geográfica Protegida (IGP). Abundam as merendeiras feitas a partir de leite de cabra e
ovelha com pasta dura e semi-dura.
Entre os principais enchidos fabricados no concelho, destacam-se os paios (carne do lombo), os painhos
(com a melhor carne magra), as linguiças (chouriços de carne magra entremeada com alguma carne gorda), a cacholeira (carne gorda temperada com sangue) e as farinheiras.
Quer os queijos, quer os enchidos são consumidos antes e depois das refeições, como merenda, ou
simplesmente como conduto de um naco de pão alentejano. Raramente arredado destas combinações e
encontros anda o vinho…