Fragmentos da História Local
Atualizado em 24/03/2022O Teatro João Anastácio da Rosa ardeu no domingo, 27 de Março de 1932. Nessa mesma noite houve um espetáculo por um grupo de amadores em benefício dos pobres.
Na ata de 31 de Março de 1932, sendo José de Almeida Barrancos Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, refere o fatal sinistro na madrugada do dia 27, reduzindo a cinzas o Teatro João Anastácio da Rosa, propriedade do município.
Monumento que representava um padrão, oferecia arte e civilização e por cujo palco passaram alguns dos maiores artistas da cena portuguesa. O teatro demonstrava o esforço e o amor que os Redondenses tinham pelo progresso na sua terra. Foi construído por fundos que constituíram em 1839 uma sociedade e por meio de ações e vários donativos levaram a efeito a sua construção. Entregaram mais tarde o edifício ao município como consta da respetiva escritura de cessão lavrada em 1848.
A companhia de seguros “A Pátria” assegura em 1928 o edifício do teatro, no ramo incêndio. Como se pode ler na descrição, anexo ao teatro, no andar superior, estavam instaladas as repartições do Registo Civil, Tesouraria e Finanças, a biblioteca municipal e um museu. Estima-se ter-se salvo o recheio destas repartições. A Companhia, após quinze dias liquidou o valor do seguro.
Até 1969 esteve em ruínas, foram feitos orçamentos para a reconstrução do teatro, o que acabou por nunca vir a acontecer. Presentemente, no mesmo local situa-se o Palácio da Justiça.
Há 90 anos atrás os Redondenses perderam o Teatro João Anastácio da Rosa (homenagem ao notável ator natural de Redondo), com cerca de 180 lugares, palco, camarotes e camarins, espetáculos e cultura…
Cota- PT/CMRDD/D/001/Cx001