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A lenda de São Cornelho da Serra d’Ossa é muito antiga e ligada à religiosidade.
Diz-nos o povo que, outrora, nesta serra, existiam muitos rebanhos. Era por alturas dos finais do ano que os pastores da região subiam ao seu ponto mais alto, onde existem ainda as ruínas de uma capela dedicada a São Gens, com todo o seu gado para que fosse benzido. Os pastores agradeciam a São Cornélio, de quem aí havia uma imagem. Era aí o local de festa e grande multidão. Entre pastores e ovelhas e outros crentes, muitas oferendas havia para agradecer, como é costume nestas singelas cerimónias. Um dos pastores mais novos resolveu oferecer um chibinho ao santo da sua devoção. Chegada a sua vez na capela, ajoelha-se e agradece por lhe ter corrido bem o ano. – Como este ano te portaste bem comigo, trago-te este chibinho! O pastor esperou resposta, o santo não lhe respondeu, ele insistiu até que lhe disse, perante o mutismo da imagem: – Não te faças de esquisito! Deixo-to aqui atado. Atou o chibo a um pé do santo e foi-se embora. O pobre do chibo viu-se sozinho na capela e desata a tentar fugir. Tantas voltas deu que acabou por arrancar o santo do altar! O pastor já ia no seu caminho. De repente vê o chibo a correr com o santo atrelado aos saltos pelo monte abaixo e grita:
– Agarra-te às estevas, mãos de aranha! Primeiro não o querias e agora corres atrás dele! O chibo e o santo acabaram a correria junto de uma pedra – hoje conhecida por Rochedo de São Cornélio – onde, até aos anos 70 do século passado, os pastores deixavam como oferenda um par de cornos e um talego com alimentos para o Santo Cornelho.
O ritual do Canto de Verónica, ou Canto de Santa Verónica, é a designação dada a um ritual tradicionalmente levado a cabo durante as procissões dos passos da Semana Santa que consiste em uma jovem, que transporta um véu no qual está impressa uma representação da face de Jesus Cristo, subir a um banco ou suporte similar e entoar um responsório, geralmente em latim (mais recentemente em vernáculo), que é respondido pela congregação que participa na procissão. Ao mesmo tempo que entoa o canto, desenrola e exibe a estampa da face de Jesus.
Desde o seu julgamento até à sua morte, Jesus Cristo teria percorrido um caminho a que a Igreja Católica dá o nome de Via Sacra, ou Via Crucis. Ao longo desse caminho são descritos diversos eventos com valor simbólico para os cristãos. Num deles, ocorre um encontro entre Cristo e uma mulher chamada Verónica. Verónica, compadecida, teria enxugado com um lenço o rosto de Jesus, sujo de suor e sangue. Em resultado, a imagem do rosto de Jesus teria ficado impressa no tecido, como um retrato: a imagem real de Jesus, visto que produzida não pela mão do homem, mas pelo contacto do tecido com o seu corpo físico real. O responsório Ovos omnes, muito curto e simples, tem o seguinte texto: O vos omnes Qui transitis per viam, Attendite, et videte Si est dolor similis sicut dolor meus. Versus : Attendite, universi populi Et videte dolorem meum. Na vila de Redondo, durante a procissão do Enterro do Senhor é feita a representação do Canto de Verónica e são muitas as pessoas que vêm de fora do concelho para assistir a esta particularidade durante a procissão dos passos da Semana Santa.
O texto tradicionalmente cantado é o responsório em motete O vos omnes, inspirado no versículo 1:12 do Livro das Lamentações, cuja autoria é atribuída a Carlo Gesualdo, que o incluiu na sua obra Tenebrae Responsoria (ou Responsoria et alia ad Officium Hebdomadae Sanctae spectantia no seu título original, em português Responsório.
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