Início > MUNÍCIPE > Cultura > Fragmentos da História Local
A colónia de férias da Serra d’Ossa teve como principais destinatários as crianças pobres da catequese (1956) que mantinha no verão apreciável número de crianças de ambos os sexos (1959).
Abria nos primeiros dias de julho (1966) e funcionava no verão em 2 turnos, com 48 crianças internas e algumas externas, estas em número variável. A receita, em 1972, foi de 11 400§00 e a despesa de 12 700§00. A proveniência da receita foi de ofertas em dinheiro, géneros e mão de obra, de particulares, entidades oficiais e Fundações.
O município todos os anos entregava o valor de 500$00 para apoio à colónia de férias da Serra d’Ossa.
Tão útil para as crianças pobres do concelho, convidavam-se sempre crianças das paróquias do campo e desde 1965 começaram a frequentar a colónia crianças do Freixo e Santa Susana.
PT/CMRDD/ C/A/001/004
Para festejar o São João foram organizados bailes em benefício da cantina escolar.
O Ministério da Educação Nacional entregava um subsídio de 5 000$00 para o funcionamento das cantinas que tinham de ter pelo menos 3 divisões que serviam uma de cozinha, outra de refeitório e outra de arrecadação.
Havia a necessidade de auxiliar os alunos pobres e assim facilitar a vida dos habitantes mais necessitados para reflexo da boa harmonia social e bem-estar de muitas famílias, neste ano em específico, 150 crianças frequentavam o ensino e a cantina.
Em 1965, com fins de beneficência comemorou-se o São João no recinto das festas em Redondo.
Cota- PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx016
No século passado, entre 1942 – 1955, a carta de condução era tirada na Câmara Municipal. A carta/matrícula de cocheiro era obtida através de um exame feito na Câmara Municipal pelo examinador que constava de uma prova prática e uma prova oral sobre sinalização e regras de trânsito.
A atividade comercial ligava-se frequentemente à dos transportes, ocupada por almocreves, oleiros, leiteiros, padeiros, carreiros e cocheiros.
Diferente do carreiro que conduzia um carro de bois, o cocheiro conduzia um veículo conduzido por cavalos (ou mulas) e ia sentado à frente da carruagem.
No Arquivo Municipal podem ser consultas estas matrículas, num total de 682. Para além do interesse histórico, social e genealógico têm em particular interesse visual pela fotografia que as acompanha.
Na imagem exemplo de uma matrícula de cocheiro amador, uma professora primária (apenas 20 mulheres obtiveram matrícula de cocheiro) que em 1943 podia conduzir o seu carro puxado por animais, numa altura em que praticamente não existiam outras alternativas.
Cota- PT/AMR/E/001/002
“Saudar o Movimento das Forças Armadas que no passado dia 25 de abril abriram os caminhos para a instauração de uma verdadeira democracia”, a primeira referência em ofício de 9 de maio de 1974.
O Presidente de Câmara é destituído a 18 de junho, sendo substituído pelo vereador mais velho. Em agosto é nomeada a Comissão “ad hoc” do Município de Redondo.
Sem outra ocorrência registada, o documento apresenta uma situação do dia 22 de setembro aquando a realização de um comício do Partido Comunista Português.
Este episódio ocorreu em frente do edifício do Tribunal, no qual se pendurou a Bandeira Nacional e a do Partido Comunista “bem como um cartaz com as efígies de Lenine, Angels e Marx (…) além de três tiras com dizeres alusivos ao partido”.
Foi pedida autorização para ligar uma extensão ao edifício da câmara, a qual foi negada pelo Presidente. Este foi insultado verbalmente “se não tinha chegado a Redondo o 25 de abril, nem tinha acabado o fascismo”.
A ligação da aparelhagem fez-se através do Tribunal dando voz a vários oradores que discursaram “sobre o partido, sua organização e reivindicações dos trabalhadores”.
O comício terminou com um cortejo pelas ruas da vila com bandeiras do Partido.
Cota- PT/AMR/C/A/001/002
O jornal Serra d’Ossa datado de 1 de abril de 1928 relata a preparação e o momento solene da Procissão dos Passos. Tomou parte da procissão a Irmandade da Misericórdia e a filarmónica “Almeida Barrancos”, sendo o “Miserere” cantado nos vários “Passos” por elementos da filarmónica. Integraram a procissão 45 crianças vestidas de anjos e muita gente acompanhou o percurso, inclusive pessoas de outras localidades próximas.
Outra notícia deste jornal sobre o mesmo assunto é a agenda das cerimónias a realizar na semana santa (Hoje (Quarta-feira) – Bênção dos Ramos; Quinta-feira Santa- Missa, Lava-pés, Procissão das Bandeiras; Sexta-feira Santa- cerimónias de manhã, procissão da Virgem da igreja do Calvário para a Matriz, procissão do Enterro; Sábado de Aleluia- Bênçãos do fogo e pia batismal, missa e Domingo de Páscoa- missa e regresso da imagem da Virgem para a igreja do Calvário).
Há 96 anos foi assim.
Consulta deste jornal e outros na página do Arquivo Municipal em https://arquivomunicipal.cm-redondo.pt/index.php/hemeroteca
Cota- PT/AMR/SO/088
Os fortes ventos que assolaram o território português no dia 15 de fevereiro de 1941 poderão ser considerados os mais violentos desde que há recolha de registos meteorológicos causando um elevado número de vítimas e avultados danos materiais.
A 27 de fevereiro foi feito inquérito sobre os prejuízos causados pelo ciclone no concelho de Redondo. Por exemplo, na Herdade da Margalha em Santa Susana foram arrancadas 806 azinheiras.
Ficou um cenário devastador num total de 77.398 árvores derrubadas (oliveiras, sobreiros, azinheiras, pinheiros e árvores de fruto).
Muitas casas e telhados foram levados pelo vento nesse dia, “o único barracão onde se realizavam espetáculos cinematográficos foi completamente destruído pelo ciclone”.
PT/CMRDD/B/A/001/Lv064
A epidemia das “bexigas” como era designada na linguagem popular a varíola, ocorreu no período de 1872-1874.
O concelho de Redondo também foi assolado por esta epidemia, eminentemente contagiosa e mortal. A “moléstia” das bexigas apareceu principalmente nos menores, devido à falta de condições higiénicas e à falta de vacinação por medo e/ou ignorância. Na imagem podemos observar o mapa das pessoas que foram vacinadas, durante os meses de abril e maio, em Montoito. Não foram mais vacinadas porque “parte das crianças estarem incomodadas com febre e mesmo porque as mães receavam que a vacina fosse causa das bexigas aparecessem mais depressa…”
Chegado o fim da epidemia o povo decidiu celebrar uma festividade em ação de graças a S. Sebastião (advogado contra a doença das bexigas). Há 150 anos, em janeiro de 1874…
Esta festa realizava-se nos subúrbios da vila, na Igreja de Santo António que se popularizou pelas fogaças em tabuleiros, levadas e apregoadas pelas ruas da vila.
PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx016
Os usos e costumes das comunidades rurais em território alentejano passava pelo processo em que se engordava o porco para consumo próprio.
Este costume que se repetia todos os anos era, para muitos, a subsistência dos meses seguintes.
As classes trabalhadoras viviam num regime alimentar pouco variado devido à escassez de alimentos e aos preços. A carne era um “luxo”, raramente entrava nas refeições e, ainda assim, limitada à de porco ou alguma criação.
O documento apresentado “Nota das matanças efetuadas em Dezembro até ao Natal” em Redondo demonstra a necessidade e a importância desta tradição. Segundo a informação do veterinário municipal foram abatidos 100 suínos durante o mês de dezembro até ao dia de Natal.
Os produtos provenientes da matança (carne, banha, enchidos, toucinho, …) compunham a mesa juntamente com o pão, essencial da alimentação alentejana.
Atualmente a matança tradicional do porco assume um carácter cultural porque caiu em desuso mas tempos houve que era um dia de festa familiar e uma questão económica e social.
PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx006
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | O cookie é definido pelo consentimento do cookie GDPR para registrar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Funcional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessário". |
viewed_cookie_policy | 11 months | O cookie é usado para armazenar se o utilizador consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
qtrans_admin_language | 12 meses | Usada para guardar a linguagem selecionada por utilizador logado. |
qtrans_front_language | 12 meses | Usada para guardar a linguagem selecionada pelo utilizador. |
wp-settings-1 | 12 meses | Usado para guardar configurações para utilizadores logados. |
viewed_cookie_policy | 11 months | O cookie é usado para armazenar se o utilizador consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
__utma | 12 meses | Usado para distinguir usuários e sessões. O cookie é criado quando a biblioteca JavaScript é executada e não há cookies __utma. É atualizado sempre que os dados são enviados ao Google Analytics. |
_ga | 12 meses | Usado para distinguir utilizadores pelo Google Analytics. |
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analytics". |