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Nome
Feira de Outubro (S. Francisco)
Data
4, 5 e 6 de outubro
Breve descrição da feira
Hoje limita-se a ser uma feira como as demais desta região, mas em tempos não muito remotos, era uma feira romaria, à qual acorriam todos os anos indivíduos dos concelhos vizinhos e até de regiões mais longínquas que com os seus cantares característicos (Amareleja, Santiago Maior) e os seus meios de transporte, transformaram esta feira numa feira romaria muito conhecida no Alentejo (…) também os habitantes dos lugares do concelho de Alandroal que se deslocavam nos típicos carros “armados”, com o seu tocador de harmónio, faziam durante toda a noite os populares bailes. Também os ciganos, que era vulgar escolherem Redondo para a realização dos seus casamentos (…) as ciganas com os seus garridos e vistosos vestidos (…) emprestavam ao ambiente um ar especial de cor e alegria.
História
Esta feira, cuja origem se perde na antiguidade dos tempos, pela época em que se realiza, perto do fim do ano (…) tem muita importância comercial, pois aqui se vêm adquirir muitas espécies de gados que apenas nesta época se compram (porcos para a montanheira) como também artigos necessários para serviços que estão ou começam a fazer-se (varas, canastras, cestos, etc. para o apanho de azeitona, mantas, safões e gabões para os trabalhadores da agricultura). Sem característica permanente realizam-se alguns anos touradas.
Entidade que atualmente se encarrega da organização
Câmara Municipal de Redondo
Parte do Questionário da Direção-Geral do Turismo respondido pela Câmara Municipal de Redondo em 2 de setembro de 1976.
(PT/CMRDD/C/A/001/004)
Um ofício do médico do partido é dirigido ao Sr. Presidente da Câmara a informar que necessita “tomar banhos do mar a bem da minha saúde”. Ausentou-se durante um mês. (17 de setembro de 1875).
Até ao início do séc. XX os banhos na praia tinham fins terapêuticos e a indumentária a utilizar estava legislada.
A Circular n.º Z-1/28 de 25 de julho de 1953 “… proíbe o uso de fatos de banho fora dos limites das praias, das piscinas ou de outros locais destinados à prática da natação” por isso “deverão ser autuadas todas as pessoas de mais de 10 ou 12 anos, conforme forem do sexo feminino ou masculino, que, fora dos mencionados limites, se apresentem em público com fatos de banho que não estejam inteiramente resguardados por vestuário próprio”.
Fotos Arquivo Municipal – Coleção Particular
A colónia de férias da Serra d’Ossa teve como principais destinatários as crianças pobres da catequese (1956) que mantinha no verão apreciável número de crianças de ambos os sexos (1959).
Abria nos primeiros dias de julho (1966) e funcionava no verão em 2 turnos, com 48 crianças internas e algumas externas, estas em número variável. A receita, em 1972, foi de 11 400§00 e a despesa de 12 700§00. A proveniência da receita foi de ofertas em dinheiro, géneros e mão de obra, de particulares, entidades oficiais e Fundações.
O município todos os anos entregava o valor de 500$00 para apoio à colónia de férias da Serra d’Ossa.
Tão útil para as crianças pobres do concelho, convidavam-se sempre crianças das paróquias do campo e desde 1965 começaram a frequentar a colónia crianças do Freixo e Santa Susana.
PT/CMRDD/ C/A/001/004
Para festejar o São João foram organizados bailes em benefício da cantina escolar.
O Ministério da Educação Nacional entregava um subsídio de 5 000$00 para o funcionamento das cantinas que tinham de ter pelo menos 3 divisões que serviam uma de cozinha, outra de refeitório e outra de arrecadação.
Havia a necessidade de auxiliar os alunos pobres e assim facilitar a vida dos habitantes mais necessitados para reflexo da boa harmonia social e bem-estar de muitas famílias, neste ano em específico, 150 crianças frequentavam o ensino e a cantina.
Em 1965, com fins de beneficência comemorou-se o São João no recinto das festas em Redondo.
Cota- PT/CMRDD/C/A/001/004/Cx016
No século passado, entre 1942 – 1955, a carta de condução era tirada na Câmara Municipal. A carta/matrícula de cocheiro era obtida através de um exame feito na Câmara Municipal pelo examinador que constava de uma prova prática e uma prova oral sobre sinalização e regras de trânsito.
A atividade comercial ligava-se frequentemente à dos transportes, ocupada por almocreves, oleiros, leiteiros, padeiros, carreiros e cocheiros.
Diferente do carreiro que conduzia um carro de bois, o cocheiro conduzia um veículo conduzido por cavalos (ou mulas) e ia sentado à frente da carruagem.
No Arquivo Municipal podem ser consultas estas matrículas, num total de 682. Para além do interesse histórico, social e genealógico têm em particular interesse visual pela fotografia que as acompanha.
Na imagem exemplo de uma matrícula de cocheiro amador, uma professora primária (apenas 20 mulheres obtiveram matrícula de cocheiro) que em 1943 podia conduzir o seu carro puxado por animais, numa altura em que praticamente não existiam outras alternativas.
Cota- PT/AMR/E/001/002
“Saudar o Movimento das Forças Armadas que no passado dia 25 de abril abriram os caminhos para a instauração de uma verdadeira democracia”, a primeira referência em ofício de 9 de maio de 1974.
O Presidente de Câmara é destituído a 18 de junho, sendo substituído pelo vereador mais velho. Em agosto é nomeada a Comissão “ad hoc” do Município de Redondo.
Sem outra ocorrência registada, o documento apresenta uma situação do dia 22 de setembro aquando a realização de um comício do Partido Comunista Português.
Este episódio ocorreu em frente do edifício do Tribunal, no qual se pendurou a Bandeira Nacional e a do Partido Comunista “bem como um cartaz com as efígies de Lenine, Angels e Marx (…) além de três tiras com dizeres alusivos ao partido”.
Foi pedida autorização para ligar uma extensão ao edifício da câmara, a qual foi negada pelo Presidente. Este foi insultado verbalmente “se não tinha chegado a Redondo o 25 de abril, nem tinha acabado o fascismo”.
A ligação da aparelhagem fez-se através do Tribunal dando voz a vários oradores que discursaram “sobre o partido, sua organização e reivindicações dos trabalhadores”.
O comício terminou com um cortejo pelas ruas da vila com bandeiras do Partido.
Cota- PT/AMR/C/A/001/002
O jornal Serra d’Ossa datado de 1 de abril de 1928 relata a preparação e o momento solene da Procissão dos Passos. Tomou parte da procissão a Irmandade da Misericórdia e a filarmónica “Almeida Barrancos”, sendo o “Miserere” cantado nos vários “Passos” por elementos da filarmónica. Integraram a procissão 45 crianças vestidas de anjos e muita gente acompanhou o percurso, inclusive pessoas de outras localidades próximas.
Outra notícia deste jornal sobre o mesmo assunto é a agenda das cerimónias a realizar na semana santa (Hoje (Quarta-feira) – Bênção dos Ramos; Quinta-feira Santa- Missa, Lava-pés, Procissão das Bandeiras; Sexta-feira Santa- cerimónias de manhã, procissão da Virgem da igreja do Calvário para a Matriz, procissão do Enterro; Sábado de Aleluia- Bênçãos do fogo e pia batismal, missa e Domingo de Páscoa- missa e regresso da imagem da Virgem para a igreja do Calvário).
Há 96 anos foi assim.
Consulta deste jornal e outros na página do Arquivo Municipal em https://arquivomunicipal.cm-redondo.pt/index.php/hemeroteca
Cota- PT/AMR/SO/088
Os fortes ventos que assolaram o território português no dia 15 de fevereiro de 1941 poderão ser considerados os mais violentos desde que há recolha de registos meteorológicos causando um elevado número de vítimas e avultados danos materiais.
A 27 de fevereiro foi feito inquérito sobre os prejuízos causados pelo ciclone no concelho de Redondo. Por exemplo, na Herdade da Margalha em Santa Susana foram arrancadas 806 azinheiras.
Ficou um cenário devastador num total de 77.398 árvores derrubadas (oliveiras, sobreiros, azinheiras, pinheiros e árvores de fruto).
Muitas casas e telhados foram levados pelo vento nesse dia, “o único barracão onde se realizavam espetáculos cinematográficos foi completamente destruído pelo ciclone”.
PT/CMRDD/B/A/001/Lv064
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